Coluna de Riba UM
Riba Um        

SOBRE A NOVELA QUE ESTREIA HOJE (NOVA VERSÃO) 31.03.2025
Vale Tudo

(*) Com estreia marcada para hoje, dia 31 deste mês, a novela Vale Tudo nasceu a partir de um jantar da família do autor, Gilberto Braga, quando um parente insultou seu tio, irmão de sua mãe, de babaca e mediocre, por ter sido Delegado de Polícia em Belém do Pará e em Foz do Iguaçu e não ter enriquecido. Segundo tal parente, todos os que tinham exercido o cargo possuíam apartamentos na Vieira Souto, um dos endereços mais caros e cobiçados do Rio de Janeiro, menos o tio, que continuava pobre. A partir dali, o novelista começou a se perguntar: Vale Tudo no Brasil por dinheiro e poder?

O relato está no livro "Autores - memória da dramaturgia". E de lá pra cá (a novela foi exibida em 1988)  o que mudou no Brasil em termos de corrupção, preconceito, hipocrisia e ganância? Tem políticos maranhenses com apartamentos na Vieira Souto????

PARABÉNS MHARIO LINCOLN, ARIANO DA GEMA

(*) Ludovicense, Mhario Lincoln  transferiu-se de "mala e cuia" para a bela e acolhedora Curitiba, mas mantém os vínculos com a terra natal, onde possui "Um milhão de amigos" e lastro histórico e cultural.  Nota-se que Mhario evoluiu muito tanto profissionalmente, quanto a nível de sua intelectualidade. Por isso é aplaudido no Brasil e já tem prêmios literários recebidos no Exterior, em especial em Buenos Aires (AR) e em Portugal (Cascais). A última premiação deu-se com o curta "A Lagarta com Chapeú de Dedal", onde a atriz principal é a prestigiada Linda Barros, maranhense e esposa do imrtal da Acadameia Maranhense de Letras, José Neres. Parabéns a todos.

Mhario Lincoln (que foi colunista em O Imparcial" e "Jornal Pequeno" por 40 anos, tendo trabalhado por mais de 10 anos na "TV Difusora", tem muita coisa publicada, entre artigos, crônicas, matérias jornalísticas, contos e poemas, mas "Ina - A violação do sagrado" simboliza seu empenho na feitura e construção de suas obras. 

O livro, que aborda os mistérios de além mar do Maranhâo, vendeu mais de 20 mil exemplares e é um ponto de apoio de estudantes e pesquisadores das coisas e dos causos genuinamente maranhenses. 

Mas, segundo os críticos nacionais que já leram o projeto de seu próximo livro de poesias "O Sexto Sexo", essa obra será uma prova da maturidade, definitiva, da poética desse brilhante jornalista maranhense.

Atualmente é o editor sênior da Plataforma Nacional do Facetubes (www.facetubes.com.br), onde exercita a experiência acumulada nos anos de labuta na imprensa e no Direito (sim, é também Advogado). 

Outra de suas paixões, a música, tem registros em discos e streaming. Nascido em 27 de março, este ariano simboliza muito bem o perfil dos que esbanjam sabedoria dosando sempre a receita de que "menos é mais", em qualquer situação. Parabéns, Mhario amigo.

O CASO DA PLACA

(*) Eu moro no município de Raposa-MA, dentro da Grande São Luís. A Prefeitura local colocou uma placa pública na rampa do cais Viva Raposa (original Largo de São Pedro, que é padroeiro dos pescadores e tem estátua no local). Eu observei, outro dia, que dois alunos do ensino médio pararam para ler a mensagem de proibição e demoraram a entender do que se tratava. O que revela e comprova o nivel da educação oferecida à população, já que é no ensino fundamental que é criada a base. Depois de muito discutirem, os dois chegaram à conclusão óbvia que se tratava das "tripas" dos peixes.  E assim caminha a humanidade. Axé!

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HISTORINHAS DE MINHA VIDA: "Carajás e o Quati"

(*) Carajás (Ou Karajás) São povos indígenas que vivem as margens do Rio Araguaia nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará. Conhecidos como "povos das águas", tem como religião original o politeísmo- que acredita em vários Deuses, como do Trovão, do Fogo. No sudeste do Pará, a Província Mineral de Carajás é rica em minérios como ferro, ouro, manganês, cobre e niquel-cromo. Lá fica Serra Pelada, maior garimpo a céu aberto do planeta, e a Serra de Carajás, onde a mineradora Vale explora ferro desde a década de 1980. 

Antes disso, na implantação do Programa Grande Carajás e com a construção da Estrada de Ferro, a Amazônia Mineração (Amza) instalou-se em São Luis e foi meu segundo emprego. Admitido aos 17 anos e lotado inicialmente na Secretaria Geral, depois transferido para o Setor de Pessoal, ou Recursos Humanos, fui designado pelo chefe Josely Pinto de Almeida a passar uma temporada em Carajás devido ao imenso fluxo de admissões e demissões próprio daquele período de implantação. Eu tinha um certo traquejo nas duas áreas e segui com a missão de agilizar os trabalhos. Foi um período enriquecedor, pois tive que mostrar maturidade e responsabilidade antes do tempo. Fiquei hospedado em cima da Serra e de frente para os escritórios. 

Devido a altitude, a neblina as vezes escondia um lado do outro, embora a distância fosse de pouco mais de 40 metros. Na casa de hóspedes em que morei por alguns meses, havia um recanto em que eu gostava de ficar nos finais de tarde lendo, adiantando tarefas ou apenas sentindo e admirando a natureza nua e crua. Era a floresta amazônica em toda sua exuberância. Depois os colegas de trabalho me contaram que sempre que eu sentava ali, una onça se aproximava e ficava quieta, como que a me velar. 

Nunca tive coragem de conferir se era verdade ou mentira, mas não mudei meu hábito, mesmo porque gosto demais de minha própria companhia e pouco me importava se os outros não gostavam de desfrutar daquele paraíso. Depois de ligar para São Luis avisando que minha missão estava concluída, Josely me pediu dois dias, pois o helicóptero iria levar um gerente até lá e eu voltaria nele.