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Os funerais do Papa reunirão autoridades do Mundo inteiro

Especialistas afirmam que a postura inclusiva do Papa Francisco, especialmente em relação à comunidade LGBTQIA+ elevou seu prestígio mundial.

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Editoria-Geral do Facetubes
22/04/2025 às 10h05 Atualizada em 22/04/2025 às 10h26
Os funerais do Papa reunirão autoridades do Mundo inteiro
(Divulgação/Fotos Vaticano).

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O Vaticano divulgou oficialmente os detalhes finais do funeral do Papa Francisco, cuja morte, aos 88 anos, ocorreu devido a um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, agravados por problemas respiratórios agudos, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. O falecimento foi confirmado nas primeiras horas da segunda-feira pelo médico Andrea Arcangeli, principal autoridade de saúde da Santa Sé, destacando que Francisco ignorou recomendações médicas para participar ativamente das celebrações do Domingo de Páscoa na Praça de São Pedro, poucas horas antes de sua morte.

 

Nesta quarta-feira, dia 23, às 9h (4h de Brasília), o corpo do pontífice será trasladado da Capela da Casa Santa Marta para a Basílica de São Pedro, após um momento solene de oração presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo do Vaticano. Após a procissão inicial e outras cerimônias internas, será aberto o período de visitação pública ao corpo do papa, que se encontra em um caixão aberto, vestido com túnica vermelha, mitra papal e segurando um rosário, conforme imagens divulgadas pela BBC.

 

A Missa das Exéquias será celebrada no sábado, dia 26, às 10h (5h de Brasília), no átrio da Basílica de São Pedro. A cerimônia, que marca o início do Novendiali – os nove dias oficiais de luto e orações pela alma do pontífice – será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício. Ao término da missa, ocorrerão os tradicionais ritos da Última Commendatio e da Valedictio, seguidos pela transferência do caixão para a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde será enterrado em um túmulo simples, marcado apenas com seu nome, conforme pedido expresso do próprio Francisco em seu testamento.

 

Ao optar pela simplicidade em seu sepultamento, Francisco manteve coerência com o estilo modesto que marcou seus 12 anos de pontificado. Essa escolha contrasta significativamente com seus predecessores, cujos túmulos estão localizados na monumental Basílica de São Pedro.

 

O evento atrairá cerca de 200 chefes de Estado, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja. Também confirmaram presença líderes como Donald Trump, dos Estados Unidos; Javier Milei, da Argentina; e Emmanuel Macron, da França. As autoridades de Roma preveem a presença de 1,5 milhão de fiéis nos próximos dias, refletindo a abrangência global da influência do pontífice.

 

Na Argentina, milhares de fiéis se dirigiram à Basílica de San José de Flores, em Buenos Aires, local de grande relevância na trajetória religiosa de Jorge Mario Bergoglio antes de sua ascensão ao papado. O arcebispo Jorge García Cuerva celebrou missa destacando a mensagem central de seu pontificado, marcada pelo amor e pelo perdão divino incondicional.

 

O jesuíta James Martin ressaltou ao New York Times a postura inclusiva do Papa Francisco, especialmente em relação à comunidade LGBTQIA+. Sua frase emblemática, "Quem sou eu para julgar?", refletiu uma mudança de tom significativa em relação a questões sociais sensíveis, mesmo sem alterar a doutrina formal da Igreja Católica.

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