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Grandes Livros Matéria especial

Especial e exclusiva: "Entrevista de Chaja Freida Finkelsztain", por Renata Barcellos (BarcellArtes)

Renata Barcelos é convidada da Academia Poética Brasileira.

26/04/2023 às 08h53 Atualizada em 26/04/2023 às 10h10
Por: Mhario Lincoln Fonte: Renata Barcellos
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Foto original do texto.
Foto original do texto.

 

Conheci Chaja Freida Finkelsztain nas academias de Letras. Com o tempo, fui conhecendo sua história de vida. Fiquei muito feliz quando ela disse que estava redigindo o livro Como foi? Trata-se do relato da história dos pais sobreviventes do Holocausto. E do processo de superação de diversos “obstáculos” dela enquanto imigrante chegada ao Brasil, em 1950.         

 

Minibiografia da entrevistada

 

Chaja Freida Finkelsztain é naturalizada brasileira. (Chaja nome hebraico que significa vida). Utiliza o pseudônimo de Helena Reis para as obras de literatura infantil. Graduou-se na U.E.R.J como Profa. de Filosofia, História e Psicologia. Mestre em Educação pela U.F.R.J. Trabalhou na Área Educacional como Profa. Coordenadora Pedagógica se aposentando como Diretora Pedagógica, em colégios públicos e particulares. Membro da UBERJ, ABRAMIL, AJEB-RJ. A literatura sempre fez parte de sua vida. 

 

Chaja Freida Finkelsztain.

A ENTREVISTA

1- Qual foi a motivação para só lançar sua autobiografia em 2023?

Chaja Freida Finkelsztain: Um momento desafiador. Foi preciso deixar a ficção de lado, sem perder o estilo escritor.

 

2- Enquanto historiadora, como percebe o ensino do Holocausto na rede pública e privada desde quando atuava enquanto professora-coordenadora?

Chaja Freida Finkelsztain: O ensino da disciplina só é feito em escolas particulares judaicas, porque possuem professores especializados no conteúdo.  No Município, leia-se Prefeitura, atuei na coordenação a partir de 1980. E, em Escolas Particulares, a partir de 1990. Entre 2002/2013, atuei como Diretora Pedagógica em Escola Privada. 

 

3- Qual ensinamento gostaria de que os seus leitores tivessem com o livro lido?  

Chaja Freida Finkelsztain: Anteriormente, é fundamental a colocação do contexto histórico através de estudo. A questão econômica da Europa no início do século XX, o brotar do nazismo. O fascismo. O arianismo. Que o HOLOCAUSTO – HASHOÁ ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial; que vitimou deficientes físicos, ciganos, homossexuais, judeus. A criação dos GUETOS, a seguir dos CAMPOS de CONCENTRAÇÃO e os CREMATÓRIOS. Os leitores cientes dos fatores relatados entenderão a necessidade do livro “Como Foi” pelos fatos relatados. O livro é um documento vivo.

 

4- Qual a mensagem deixaria para os jovens (de hoje) diante de tanta violência? 

Chaja Freida Finkelsztain: Assim, evitando que os modelos do passado causadores de tantos danos não possam ser reproduzidos. As Guerras têm de ser evitadas. O jovem deverá concluir pela reunião de fatos históricos debatidos o quanto a DEMOCRACIA deve prevalecer e o quão ela é importante em nossas vidas.

 

5- Enquanto membro de academias de letras, qual a contribuição delas para a sociedade?

Chaja Freida Finkelsztain: Na EDUCAÇÃO, ela forma e transforma o HOMEM. A leitura e a escrita são fundamentais no ENSINO. As Academias de Letras exercem o papel de resgate, contribuindo para o cultivo do bom leitor crítico. É um espaço fundamental para o mundo das letras. Dessa forma, colaboram e apresentam escritores novos com diferentes estilos de escrita, todos contribuindo para a formação e respeito da cidadania.  

 

Prática pedagógica 

Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura é celebrado em 26 de junho. Mulheres, homens e crianças são torturados, diariamente, ao redor do mundo. Neste período, no Colégio Estadual José Leite Lopes/ Nave RJ, abordamos a temática do Holocausto. Trabalhamos cartas de sobreviventes, fragmentos de livros, exibimos filmes, vídeos de mesas-redondas e entrevistas com pesquisadores e sobreviventes. Em seguida, realizamos debates e produções textuais. 

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Sugestões de mesas-redondas:

Holocausto: memória viva https://www.youtube.com/watch?v=ji0N9zIb804

Holocausto: relatos de sobreviventes:

https://www.youtube.com/watch?v=fwv8tMQrh2U&t=8137s

Este ano de 2023, Chaja Freida Finkelsztain participou do Programa Pauta Nossa para divulgar seu livro: https://www.youtube.com/live/92mt_Ej-Oig?feature=share

Urge reescrevermos a História! Ser repensado o ensino desta disciplina. A memória de um povo deve ser mantida viva. Abaixo qualquer tipo de violência!!! 

VALE A PENA CONFERIR O LIVRO COMO FOI: UMA HISTÓRIA VERDADEIRA DE SUPERAÇÃO!! 

Facebook da autora: https://www.facebook.com/chaja.finkelsztain                        

                            

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Sou professora na periferia de Brasília, Arcanja Graça. Minha realidade é doída.Há 2 anos Brasília DFPermita-me professoras discordar das Academias de Letras. A maioria das "academias" brasileiras NUNCA é sinônimo de educação. Pelo contrário. As milhares de academias espalhadas por este país manipulam os egos dos participantes para arrecadarem dinheiro para prestigio própria. Raras são as Academias sérias que discutem literatura e arte. Se colocar na ponta do lápis, muitas dessas academias estão cheios de políticos que nunca escreveram uma linha e foram péssimos administradores para a Educação.
Professor Julian MatheusHá 2 anos São Pauloa conscientização de ações não-barbárie como essa merece aplauso porque nasce na escola. é na sala de aula que começa a conscientização. apesar de nos fazer tremer todas as vezes que se lê algo que relembre essa tragédia humana.
Carlos Russo JrHá 2 anos Pindamonhangaba-SPBeleza de iniciativa. Parabéns!
WANDA CRISTINA DA CUNHA EHá 2 anos São LuisParabéns! Excelente entrevista!
Oliveira, MarcioHá 2 anos S.PauloDe muito bom senso a entrevista.
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